domingo, 30 de dezembro de 2007
A Espinha do Diabo
Un evento terrible, condenado a repetirse una y otra vez.
Un instante de dolor, quizá.
Algo muerto, que por momentos parece vivo aún.
Un sentimiento suspendido en el tiempo.
Como una fotografía borrosa.
Como un insecto atrapado en ámbar."
PERMANECE A MI LADO (El Espinazo del Diablo)
Permanece a mi lado cuando se apague mi luz …
y la sangre se arrastre ;
y mis nervios se alteren con punzadas dolientes,
y el corazón enfermo,
y las ruedas del ser giren lentamente.
Permanece a mi lado…
cuando a mi frágil cuerpo le atormenten dolores
que alcancen la verdad
y el tiempo maniaco siga esparciendo el polvo,
y la vida furiosa sigua arrojándo llamas
Permanece a mi lado…
cuando vaya a apagándome…
puedas señalarme el final de mi lucha…
y el atardecer de los días eternos…
en el bajo y oscuro borde de la vida.
sábado, 29 de dezembro de 2007
Lugar fantástico que quero muito conhecer
O Parque Nacional Serra da Capivara está localizado no sudeste do Estado do Piauí, ocupando áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. A superfície do Parque l é de
Em
Depois de criado, o Parque Nacional esteve abandonado durante dez anos por falta de recursos federais. Análises comparativas das fotos de satélite evidenciaram esse fato. Durante este período a Unidade de Conservação foi considerada “terra de ninguém” e como tal, objeto de depredações sistemáticas. A destruição da flora tomou dimensões incalculáveis; caminhões vindos do sul do país desmatavam e levavam, de maneira descontrolada, as espécies nobres. O desmatamento dessas espécies, próprias da caatinga, aumentou depois da criação do Parque, em decorrência da falta de vigilância.
A caça comercial se transformou numa prática popular com conseqüências nefastas para as populações animais que começaram a diminuir de forma alarmante. Algumas espécies, como os veados, emas e tamanduás praticamente desapareceram. Estes fatos tiveram conseqüências negativas na preservação do patrimônio cultural. A falta de predadores naturais provocou um crescimento descontrolado de algumas espécies, como cupim ou vespas cujos ninhos e galerias destroem as pinturas.
As causas desta situação são em parte externas à região, mas também decorrem da participação da população que vive em torno do Parque. São comunidades muito pobres, algumas das quais exploravam roças no interior dos limites atuais do Parque. Estas populações dificilmente compreendem a necessidade de proteger espécies animais e vegetais uma vez que os seres humanos apenas logram sobreviver. Assim, a população local depredava as comunidades biológicas e o patrimônio cultural do Parque Nacional e áreas circunvizinhas, pela caça, desmatamento, destruição de colméias silvestres e a exploração do calcário de afloramentos, ricos em sítios arqueológicos e paleontológicos.
Dos numerosos abrigos que existem no Parque uma parte muito importante apresenta manifestações de atividades gráficas rupestres que, segundo as informações arqueológicas disponíveis e acima citadas, teriam sido realizadas muito cedo na pré-história, por diversos grupos étnicos que habitaram a região.
Durante cerca de doze mil anos, os grupos étnicos que habitaram a região evoluíram culturalmente e as pinturas rupestres constituem um testemunho desta transformação. Pode-se observar esta evolução dos registros gráficos rupestres mediante a identificação de mudanças nas técnicas pictorial ou de gravura empregadas, mas também nas variações dos temas e da maneira como eles são representados. Estas mudanças não são resultado do acaso, mas de uma transformação social gradativa que se manifesta em diferentes aspectos da vida dos grupos humanos, entre os quais está a prática gráfica.
Este costume de se exprimir graficamente é uma manifestação do sistema de comunicação social. Como tal, a representação gráfica é portadora de uma mensagem cujo significado só pode ser compreendido no contexto social no qual foi formulado. Trata-se de uma verdadeira linguagem, na qual o suporte material é composto por elementos icônicos, cuja completa significação perdeu-se definitivamente no tempo por não conhecermos o código social dos grupos que o fizeram. Não podendo decifrar este código, resta uma possibilidade de se conhecer mais sobre os grupos étnicos da pré-história através da identificação dos componentes do sistema gráfico próprio de cada grupo e de suas regras de funcionamento. Efetivamente, cada grupo étnico possui um sistema de comunicação gráfico diferente, com características próprias. Assim, mesmo que não possamos decifrar a sua significação, será possível identificar cada um dos conjuntos gráficos utilizados pelos diferentes grupos. Quando os conjuntos gráficos permitem o reconhecimento de figuras e de composições temáticas, existe também a possibilidade de identificar os elementos do mundo sensível que foram escolhidos para ser representados. Esta escolha é de fundo social sendo também caracterizadora de cada grupo, pois oferece indicadores sobre os elementos do entorno e as temáticas que são valorizadas por cada sociedade.
As pinturas e gravuras rupestres são então estudadas com a finalidade de poder caracterizar culturalmente as etnias pré-históricas que as realizaram, a partir da reconstituição de um procedimento gráfico de comunicação que faz parte dos respectivos sistemas de comunicação social. Numa segunda instância, este estudo pretende, quando o corpus gráfico em questão fornece os elementos essenciais de reconhecimento, extrair os componentes do mundo sensível que foram escolhidos para fazer parte de tal sistema gráfico. Fica então excluída qualquer possibilidade de interpretação de significados, pois toda afirmação se situaria em um plano de natureza conjectural. Na perspectiva de estudo utilizada entende-se que a cada tradição gráfica rupestre pode associar-se um grupo étnico particular na medida em que se possa segregar conjuntamente outros componentes caracterizadores de natureza cultural, tais como uma indústria lítica tipificada, uma utilização própria do espaço ou formas específicas de enterramentos.
Em razão da abundância de sítios e da diversificação de pinturas e gravuras foi possível estabelecer uma classificação preliminar, dividindo-as em cinco tradições, das quais três são de pinturas e duas de gravuras.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Viva a Coréia!
Samaria (Samaria)
Direção: Ki-duk Kim - 2004
Yeo-Jin é uma jovem adolescente que ainda vive com o seu pai, viúvo. A sua melhor amiga, Jae-Young, é prostituta. Yeo-Jin ajuda-a marcando os encontros com os clientes e vigiando a polícia. Juntas mantêm o sonho de juntar dinheiro e fugir para a Europa. Mas um dia, Yeo-Jin comete uma distração fatal e Jae-Young é apanhada pela policia, resultando daí um acidente com trégicas consequências. Jae-Young morre e Yeo-jin embarca numa espécie de viagem de redenção, aos clientes habituais de Jae-Young...
Oldboy (Oldboy)
Direção: Chan-wook Park - 2003
Sujeito é seqüestrado e acorda em um quarto trancado. Lá, fica sabendo que sua esposa foi morta e permanece preso pelos 15 anos seguintes, sem saber o motivo de tal ato. Ele é solto e, em busca de respostas, parte atrás de vingança contra o homem que o seqüestrou.
Salvem o Planeta Verde (Jigureul Jikyeoka)
Direção: Joon-Hwan Jang - 2003
Byung-gu é um cidadão coreano normal, que acredita que os males mundiais da sociedade são ligados à alienígenas que pousaram na Terra e têm vivido aqui disfarçados de humanos. Ele sabe que ao menos que ele fale com o Príncipe de Andrômeda antes do eclipse lunar, a Terra estará em um enorme perigo. Man-Shik é o presidente de uma fábrica química local, cuja vida toma uma interessante e bizarra reviravolta quando um homem o rapta e insiste que ele é um alien que pode entrar em contato com o príncipe extraterrestre. Com apenas algumas horas restantes até o seu "fim da linha", Man-Shik deve manter sua calma e preparar-se para contar a verdade.
E o meu preferido:
I'm a Cyborg, But That's OK (Saibogujiman Kwenchana)
Direção: Chan-wook Park - 2006
Uma garota que pensa que é uma combatente ciborgue é internada em um hospital, onde encontra outros psicóticos. Eventualmente acaba se apaixonando por um homem que pensa que pode roubar a alma das pessoas. Juntos, desenvolvem uma poética relação e uma busca por algum sentido naquilo tudo.
(Fonte dos comentários: www.cinemaemcena.com.br e www.makingoff.org)
Cabeça dinossauro
R.E.M
You know where I come from
You know what I feel
You're Yul Brenner Westworld
Reporting from the field.
I threw it into reverse,
Made a motion to repeal.
You kicked my legs from under me,
And tried to take the wheel.
I told you I wanted to be wrong,
But everyone is humming a song
That I don't understand.
Now I know that the sun has shined on my side of the street.
The basket of America, the weevils and the wheat.
The milk and honeyed congregation, scrubbed and apple-cheeked
Salute Apollo 13 from the rattle jewelry seats.
Mythology's seductive and it turned a trick on me
That I have just begun to understand.
I told you I wanted to be wrong,
But everyone is humming a song
That I don't understand.
The rodeo is staged, gold circle goat-ropers and clowns.
A rumble in the third act, tie 'em up and burn 'em down.
We're armed to the teeth, born a little breech;
Blue-plate special analysts, cells and SUV's
We can't approach the Allies 'cause they seem a little peeved
And speak a language we don't understand.
I told you I wanted to be wrong
But everyone is humming a song
That I don't understand.
[Prop up The Omega Man, we're primed for victory,
God gave us the upper hand, there's honor among thieves.
Temper it with arrogance, a dash of sad conceit.
The top's down on the T-Bird, we're the children of the free]
Storm into the boardroom of the conquering elite.
Did you recognize the madman who is shouting in the streets?
Destroy the things that I don't understand
Destroy the things that I don't understand.
Eliana Printes
A lindíssima Por onde do Kléber Albuquerque (a versão dele com o Rubi também é ótima também):
Por onde
Tata Fernandes / Kléber Albuquerque
Por onde passará o amor se a ponte quebrar?
Será que vai por água abaixo ou aprende a voar?{2x}
Se vai voar até o infinito
Se esquecer de continuar
Ou vai fincar o pé na margem e acenar
Para um ponto qualquer no horizonte
Ou vai descer o rio até chagar o mar
Ou se o Amor é a própria ponte
Amor, me diga
Ai, amor, me conte
Por onde passará o amor se a ponte quebrar?
Será que vai por água abaixo ou aprende a voar?
Se vai pagar pra ver a flor do abismo desabrochar
Ou vai se consumir até se consumar
Ou vai cair em si do último andar
Saí sem ter paradeiro nem hora pra chegar
Vou conhecer o mundo inteiro e se você chamar
Com meu cavalo ligeiro volto pra te buscar
Por onde passará o amor se a ponte quebrar?
Por onde passará o amor se a ponte quebrar?
Venha ser meu sol
Adonay Pereira / Eliana Printes
Há dias que a gente não perdoa
Pequenos erros de outras pessoas
Há outros que a gente não se importa
Perdoa perdoa perdoa
O dia passa como quase tudo passa
E a gente pensa que perdeu o tempo
O tempo que a tudo fura
O medo de altura
Até o sofrimento
Mas não é só isso
Há muito sacrifício
Em vão
Prefiro acreditar que a vida é boa
E isso vale pra qualquer pessoa
Pessoa pessoa pessoa
O medo passa e até acho graça
Se você me abraça alegra o coração
Então venha agora, venha sem demora
É chegada a hora de você voltar
O amor não espera nessa primavera
Venha ser meu sol
Ser na minha vida o meu farol
Há coisas que podemos dar
Há outras que queremos ter
Ao sol que encanta, ao sol que desafia, ao sol que se levanta
Ao sol dos nossos dias
Brindemos ao sol!
Ao sol que a tudo vê, ao sol que a todo ser
Ao sol que nos convida a andar em suas ruas coloridas
Brindemos ao sol, brindemos ao sol!
Ao sol que aquece o vento, espalha pensamento e modifica a terra
Ao sol que não descansa, ao sol que não se cansa
Ao sol que permanece aceso dentro de nós!
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Strike a pose!
Eu amo o Roberto!
Por isso eu corro demais
Roberto Carlos
Meu bem qualquer instante
Que eu fico sem te ver
Aumenta a saudade
Que eu sinto de você
Então eu corro demais
Sofro demais, corro demais
Só prá te ver
Meu bem!...
E você ainda me pede
Para não correr assim
Meu bem eu não suporto mais
Você longe de mim
Por isso eu corro demais
Sofro demais, corro demais
Só prá te ver
Meu bem!...
Se você está ao meu lado
Eu só ando devagar
Esqueço até de tudo
Não vejo o tempo passar
Mas se chega a hora
De ir prá casa te levar
Corro prá depressa
Outro dia ver chegar
Então eu corro demais
Sofro demais, corro demais
Só prá te ver
Meu bem!..
Se você vivesse sempre
Ao meu lado eu não teria
Motivo prá correr
E devagar eu andaria
Eu não corria demais
Agora, corro demais
Corro demais
Só prá te ver
Meu bem!...(2x)
Só prá te ver
Meu bem!
Só prá te ver
Meu bem!
Só prá te ver
Meu bem!...
As curvas da estrada de Santos
Roberto Carlos/Erasmo Carlos
Se você pretende saber quem eu sou
Eu posso lhe dizer
Entre no meu carro na estrada de santos
E você vai me conhecer
Você vai pensar que eu não gosto nem mesmo de mim
E que na minha idade só a velocidade
Anda junto a mim
Só ando sozinho
E no meu caminho o tempo é cada vez menor
Preciso de ajuda
Por favor me acuda
Eu vivo muito só
Se acaso numa curva eu me lembro do meu mundo
Eu piso mais fundo
Corrijo num segundo
Não posso parar
Eu prefiro as curvas da estrada de santos
Onde eu tento esquecer
Um amor que eu tive
E vi pelo espelho na distância se perder
Mas se o amor que eu perdi eu novamente encontrar
As curvas se acabam
E na estrada de santos não vou mais passar
Não, não vou mais passar
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
O frouxo mas sereno lume dessas pequenas lanternas suscita, certamente, compungida inveja em muitos dentre nós; a outros, pelo contrário, que se julgam armados, como se cada qual fosse um Júpiter, do raio domesticado da ciência e, no lugar dessas pequenas lanternas, levam em triunfo as lâmpadas elétricas, inspira desdenhosa comiseração. Mas eu, agora, pergunto, Senhor Meis: e se toda essa escuridão, esse enorme mistério, a cujo respeito debalde especularam, inicialmente, os filósofos e que a ciência, agora, se bem que renunciando a investigá-lo, não exclui; se esse mistério não passasse, no fundo, de um engano como outro qualquer, um engano da nossa mente, uma fantasia que não se colore? Se nós, finalmente, nos convencêssemos de que esse mistério todo não existe fora de nós, mas somente em nós e, ali, de forma necessária graças ao famoso privilégio do sentimento que temos da vida, isto é, à lanterninha de que lhe falei até aqui? Se a morte, em suma, que nos mete tanto medo, não existisse? Se fosse tão-só não a extinção da vida, mas o sopro que apaga em nós a lanterninha, ou seja, o infeliz sentimento que dela temos? É um sentimento penoso, assustador, porque limitado, definido por esse círculo de sombra fictícia que se acha para lá do pequeno âmbito da escassa luz, que nós, pobres vaga-lumes perdidos, projetamos em torno a nós e em que a nossa vida fica como que aprisionada, como se fosse excluída, por algum tempo, da vida universal, eterna, na qual parece-nos que, algum dia, deveremos reentrar. Mas a verdade é que nela já estamos e nela sempre permaneceremos, mas, aí, sem mais esse sentimento de exílio que nos atormenta. O limite é ilusório, é relativo ao nosso pouco lume, o da nossa individualidade: na realidade da natureza, não existe. Nós (não sei se isso pode dar-lhe prazer), nós sempre vivemos e sempre viveremos no universo; também agora, em nossa forma atual, participamos de todas as manifestações do universo; só que não o sabemos, não o vemos, porque, infelizmente, a maldita lanterninha bruxuleante nos faz ver somente o pouco até onde seu lume alcança. E se, ao menos, nos permitisse vê-lo tal como é na realidade! Não, senhor: apresenta-o aos nossos olhos com a cor que ela lhe dá e nos faz certas coisas, que devemos realmente lamentar, com a breca! mas das quais, noutra forma de existência, não teríamos, talvez, boca bastante para rir às gargalhadas. Gargalhadas, Senhor Meis, por todas as vãs, estúpidas atribulações que ela nos proporcionou, por todas as sombras, por todos os estranhos e ambiciosos fantasmas que fez surgir diante e em torno de nós, pelo medo que nos inspirou!
(O Falecido Mattia Pascal - Pirandello)
Minha pequena lâmpada
Não, como sol, resplende,
Nem, como incêndio, fumega;
Não estride e não se gasta,
Mas, com seu topo, tende
Para o céu que ma doou.
Estará sobre mim, sepultado,
Viva; e nem chuva ou vento,
Nem os anos terão, nela, efeito;
E aqueles que passarem
Errantes, de lume apagado,
O acenderão no meu.
(Niccolò Tommaseo)