quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Volver a los 17
Metal Contra As Nuvens
Legião Urbana
Renato Russo
Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais
Eu sou metal
Raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal
Eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal
Sabe-me o sopro do dragão
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra
Tem a lua, tem estrelas
E sempre terá
Quase acreditei na tua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa
Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo.
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão (4x)
É a verdade o que assombra
O descaso que condena
A estupidez o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes
O corpo quer, a alma entende
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos
Eu sou metal - raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal: eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal: me sabe o sopro do dragão
Não me entrego sem lutar
Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então
Tudo passa
Tudo passará (3x)
E nossa história
Não estará
Pelo avesso assim
Sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá
Vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora, ahh!
Apenas começamos.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Paulo Leminski
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
(Pirandello - "O Falecido Mattia Pascal")
sábado, 19 de janeiro de 2008
Sonho de poeta
Waltel Branco/Alice Ruiz
Quem dera fosse meu
o poema de amor definitivo
Se amar fosse o bastante
poder eu poderia
pudera, às vezes,
parece ser esse
meu único destino
Mas vem o vento e leva
as palavras que digo
minha canção de amigo.
Um sonho de poeta
não vale o instante vivo.
Pode que muita gente
veja no que escrevo
tudo que sente
e vibre, e chore e ria como eu,
antigamente, quando não sabia
que não há um verso, amor,
que te contente.
Sanfoneiros são alegres
tocam Mahler, Mozart, List
Wagner, Schubert, Weber e Verdi
Brahms, Strauss, tocam Tchaikovski
Músicas de faroeste
tocam sax fazem chiste
verás caso apliques teste
sanfoneiros se divertem
só poetas seguem tristes
Levantam pó no nordeste
desfilam todos os hits
no Balet, no baile os foles
rasgam mambo, blues, maxixes
Dominguinhos manda um rap
já Sivuca Stravinsky
Osvaldinho vai de rock
o Hermeto de suite
e a máxima persiste
sanfoneiros serelepes
só poetas seguem tristes
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Sutil
(Tabajara Ruas - Netto perde sua alma)
Não faço idéia mas me resta um caminho"
(Itamar Assumpção)
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Sometimes... is blue
sábado, 12 de janeiro de 2008
(Um dia depois do sábado (conto), Gabriel García Márquez)
Sophia de Mello Breyner
Mar sonoro, mar sem fundo mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim
Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio
E suportar é o tempo mais comprido.
Peço-Te que venhas e me dês a liberdade,
Que um só dos teus olhares me purifique e acabe.
Há muitas coisas que eu quero ver.
Peço-Te que sejas o presente.
Peço-Te que inundes tudo.
E que o teu reino antes do tempo venha.
E se derrame sobre a Terra
Em primavera feroz pricipitado.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
vou consultar escarolas
prefiro escutar salsinhas
pedir consolo às papoulas
e às carambolas
pedir um help ao repolho
indagar umas espigas
aprender com pés de alho
ouvir dicas das urtigas
e dessas tulipas
um toque pro miosótis
um palpite do alpiste
uma luz da flor de lótus
pedir alento ao cipreste
e pra dama da noite
pedir conselho à serralha
sugestão pro almeirão
idéias para azaléias
opinião para o limão, pimentão
abobrinhas não
Milágrimas
Pra lá de colegas
Comadres de ligas intrigas futricas fofocas
Um tanto hipócritas
Musas e músicas curtimos a lida
Curamos feridas amamos a vida
Viramos urtigas se o amor vira briga
Nós somos orquídeasas"
(Itamar Assumpção)
Tata Fernandes, Simone Julian, Nina Blauth tocando. Por Mariana Piza
domingo, 6 de janeiro de 2008
sábado, 5 de janeiro de 2008
Se
se por acaso
a gente se cruzasse
ia ser um caso sério
você ia rir até amanhecer
eu ia ir até acontecer
de dia um improviso
de noite uma farra
a gente ia viver
com garra
eu ia tirar de ouvido
todos os sentidos
ia ser tão divertido
tocar um solo em dueto
ia ser um riso
ia ser um gozo
ia ser todo dia
a mesma folia
até deixar de ser poesia
e virar tédio
e nem o meu melhor vestido
era remédio
eu vou ficando por aqui
evitando
desviando
sempre pensando
se por acaso
a gente se cruzasse...
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Dica de música
Um álbum lindo, de uma voz linda, muito bem definida por uma amiga como "rouca e precisa". E essa capa é sensacional.
Gota de Sangue
Ângela Rô Rô
Não tire da minha mão esse copo
Não pense em mim quando eu calo de dor
Olha meus olhos repletos de ânsia e de amor
Não se perturbe nem fique à vontade
Tira do corpo essa roupa e maldade
Venha de manso ouvir o que eu tenho a contar
Não é muito nem pouco eu diria
Não é pra rir mas nem sério seria
É só uma gota de sangue em forma verbal
Deixa eu sentir muito além do ciúme
Deixa eu beber teu perfume
Embriagar a razão, porque não volto atrás?
Quero você mais e mais que um dia
Não tire da minha boca esse beijo
Nunca confunda carinho e desejo
Beba comigo a gota de sangue final
Quem quiser baixar, está disponível nos seguintes sites:
http://umquetenha.blogspot.com/2007/01/ngela-r-r-ngela-r-r-1979.html
ou
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Alice Ruiz
Reticências não.
Frase que é frase termina com um ponto.
No máximo...
2000
O homem, a luta e a eternidade
Murilo Mendes
Adivinho nos planos da consciência
dois arcanjos lutando com esferas e pensamentos
mundo de planetas em fogo
vertigem
desequilíbrio de forças,
matéria em convulsão ardendo pra se definir.
Ó alma que não conhece todas as suas possibilidades,
o mundo ainda é pequeno pra te encher.
Abala as colunas da realidade,
desperta os ritmos que estão dormindo.
À guerra! Olha os arcanjos se esfacelando!
Um dia a morte devolverá meu corpo,
minha cabeça devolverá meus pensamentos ruins
meus olhos verão a luz da perfeição
e não haverá mais tempo.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Duas casinhas, uma pra mim e outra pra Cynthia
(Zé Rodrix e Tavito)
Na voz da Elis
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais
Casinha Branca
(Gilson e Joran)
Na voz da Bethânia
Eu tenho andado tão sozinho ultimamente
Que não vejo em minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade
Tanto sonho a perecer
Eu queria ter na vida simplismente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
Às vezes saio a caminhar pela cidade
À procura de amizades
Vou seguindo a multidão
Mas eu me retraio olhando em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer,sua ilusão
Eu queria ter na vida simplismente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
Eu queria ter na vida simplismente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer ...
2007
Hedwig é um musical que conta a história de uma artista de mesmo nome e sua banda, The Angry Inch. Hansel é um jovem alemão que após uma cirurgia mal sucedida de mudança de sexo se torna Hedwig e se muda para os EUA. Lá se apaixona por Tommy Gnosis, um jovem que rouba suas canções e se torna um grande astro. Hedwig não consegue superar este golpe, principalmente por ter vindo do amor que ela não esquece. Além disso, ela não obtém o merecido reconhecimento por sua arte.
O filme nasceu de um musical lado B de New York e foi escrito, dirigido e estrelato por John Cameron Mitchel, que merece todo o mérito por esta obra.
O Labirinto do Fauno mostra a menina Ofélia, cuja mãe se casa com um capitão horrendo e brutal, na Espanha de 1944, dominada pela general Franco. A mãe de Ofélia se encontra grávida do tão desejado filho homem do capitão Vidal e não passa muito bem neste fim de gravidez, deixando Ofélia um pouco abandonada. Ao chegarem ao acampamento do capitão, Ofélia descobre um labirinto de pedras. Guiada por uma "fadinha", lá encontra um Fauno que diz esperá-la pois ela é a princesa do mundo subterrâneo e gozará plenamente de seu título após cumprir três provas.
Dirigido por Guillermo del Toro, é um filme violento sobre uma realidade mais violenta ainda. Um fantástico filme fantástico!
Furacões e chuvas
E nuvens negras no céu
Você está subindo e descendo a colina
Você liga e desliga sempre que quer
Nada aqui te assusta ou te derruba
E se você não tiver outra opção
Você sabe que pode seguir minha voz
Através da escuridão e do barulho
Nesta cidadezinha perversa.
Os destinos são maliciosos e cruéis
Você aprendeu muito tarde
Você costumava ter dois desejos,
Como um bobo
E então você é alguém que não é
E Junction City não é o centro
Lembre-se da Sra. Lot
Ao virar-se pra trás
E se você não tiver outra opção
Você sabe que pode seguir minha voz
Através da escuridão e do barulho
Nesta cidadezinha perversa.
(Wicked Little Town, de Hedwig and The Angry Inch)
"Irmão, irmão...
Há muitos, muitos anos... num lugar muito longe e triste,havia uma enorme montanha feita de pedras escuras e ásperas. Ao cair da tarde, no topo dessa montanha, toda noite uma rosa desabrochava que fazia de quem a pegasse imortal. Mas ninguém ousava chegar perto dela porque seus espinhos estavam cheios de um veneno mortal. Os homens conversavam entre si sobre seu medo da morte,e da dor, mas nunca sobre a promessa da imortalidade. Então todo dia, a rosa desabrochava sem poder oferecer seus dons a ninguém... Esquecida e perdida no topo
daquela montanha fria e escura. Para sempre sozinha,até o fim dos tempos." (trecho de O Labirinto do Fauno)